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sábado, 23 de outubro de 2010

Deputado de Santiago e Região II.

23/10/2010 | N° 2641 | Fonte: Jornal Diário de Santa Maria do Grupo RBS |

ESPECIAL

Futebol, engenharia civil e urnas

Foi por causa do futebol que Zé virou Chicão. José Francisco Gorski sempre jogou bola. Em 1984, quando o Cruzeiro Esporte Clube, de Santiago, profissionalizou-se, ele era um engenheiro, pai de família que jogava como ala direito. Permaneceu em campo até 1989.O apelido foi uma comparação com Chicão (1949-2008), volante que fez história no São Paulo e jogou na Seleção. Mas a semelhança não estava só no nome. Em comum, os dois se colocavam como líderes em campo, destacando-se pelo estilo raçudo.

– Aqui é minha alma – disse ao chegar ao estádio Alceu Carvalho.


Depois de deixar de jogar como profissional, Chicão seguiu na diretoria do time e também participou da criação da Copa Santiago, torneio internacional com categorias de base de times tradicionais, e da rearticulação do time de futsal da URI Santiago nos anos 90.

Chicão tem sete filhos e está na segunda união. A mãe, Ilda, 82 anos, mora com ele. Em Santiago, os pais de Chicão trabalharam em diversas atividades. Mais novo de um casal de filhos, ele saiu de casa em 1974 para fazer o último ano do colégio em Santa Maria. A ideia era se preparar para o vestibular. Não conseguiu na UFSM, mas depois se deu bem na federal de Pelotas. Em 1976, começou a cursar Engenharia Civil. Desse período, guarda um álbum com fotos que revelam que ele também viveu o estilo da época, com cabelos longos, costeleta, barba...

– Nunca me envolvi com política universitária. Só com o futebol.

Começo político – Voltou para Santiago em 1981 com mulher e dois filhos. Nos anos seguintes, trabalhou como engenheiro civil, chegando a executar obras públicas pelo Estado.

Foi de uma sexta-feira para sábado, em 1996, que Chicão virou político. Ele era filiado ao PP desde 1981, mas até então não havia sido candidato a nada. A popularidade na cidade fez dele uma aposta:

– Nunca tinha tido uma participação direta na política. E o partido teve uma derrota em Santiago. E na rearticulação foi sugerido meu nome. Não me convidei. Acho que me convidaram por causa do meu envolvimento comunitário. Sempre participei de tudo em Santiago sem ser político.

Naquele ano, encabeçou como vice a candidatura de Antonio Carlos Gomes (PP) e fez um curso de gestão pública:

– Fui buscar conhecimentos que a gente precisava. Deu uma base teórica para aplicar. A área social dizem que é uma marca minha. Mas todas essas ideias saíram de casa e não de curso de gestão. O que sempre me motivou foi dar oportunidade para as pessoas.

Durante os dois mandatos como prefeito de Santiago, Chicão liderou um movimento voltado ao municipalismo. Nessa tarefa, acabou sendo presidente da Associação dos Municípios da Região Centro (AM-Centro) e vice-presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).

Com a vitória como deputado estadual, pretende seguir firme com sua visão política.

– Mesmo com a bagagem de prefeito, ainda represento uma novidade. Agora, tenho responsabilidade pela confiança depositada. Eu vendi uma esperança, as pessoas acreditaram e agora terei de retribuir com trabalho – aposta.

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