Vizinhos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Monte Alegre, no distrito de Monte Alegre, em Santiago, perceberam que a instituição estava pegando fogo por volta das 2h de ontem e chamaram o Corpo de Bombeiros. Mas já era tarde. Como a localidade fica a cerca de 50 quilômetros do Centro, o prédio já havia sido destruído quando a viatura da corporação chegou ao local. Só restou aos bombeiros conter as chamas para que não se espalhassem ainda mais.
Ninguém estava no local quando o incêndio começou, e não houve feridos durante o episódio. Ainda não se sabe o que provocou o fogo. Mas a hipótese de um incêndio criminoso já foi descartada pela direção da escola. A suspeita é que um curto circuito na fiação tenha sido a causa do acidente. De acordo com Laura, um freezer estava ligado na tomada.
O incêndio causou comoção na comunidade. A escola tem 53 anos e, há alguns meses, o prédio foi todo reformado.
A coordenadora adjunta da 35ª Coordenadoria de Educação, com sede em São Borja, Maria Inês Ripper, explica que a escola nunca foi fechada, apesar do pequeno número de alunos, por causa do carinho da comunidade pela instituição.
– É um desses poucos lugares onde as pessoas ainda dão bastante valor aos professores e à escola – explica Maria Inês.
Indefinição – Até ontem, o futuro das 20 crianças que estudavam no local ainda era incerto. As aulas recomeçariam no próximo dia 17, mas, até lá, não há tempo de reconstruir o prédio. A 35ª Coordenadoria deve definir nos próximos dias se os pequenos serão encaminhados para outra escola. O problema é que a instituição mais próxima, a Escola Estadual Moisés Viana, da localidade de Formosa, fica a 30 quilômetros de distância da comunidade. Para transportar os alunos, seria necessário percorrer pelo menos cem quilômetros diariamente (contando ida e volta), já que nem todos moram na sede do distrito.
A escola atendia estudantes do 1º ano a 5ª série do Ensino Fundamental e contava com três professores e uma funcionária.
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