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segunda-feira, 2 de março de 2009

Cooperativa Tríticola de Santiago/RS


Desde sexta-feira de manhã, a Cooperativa Tritícola de Santiago está sob novo comando. Depois de 12 anos à frente de uma das mais importantes cooperativas do interior do Estado, Leandro Ferreira passou o cargo para Evaristo Ribas, que foi eleito em assembleia. Porém, a tritícola atravessa uma dos momentos mais delicados dos seus 52 anos. Uma grave crise financeira, com dívidas que chegam a R$ 56 milhões, vai exigir pulso firme por parte do novo administrador e muita paciência por parte dos associados.

– A casa caiu. A situação é reversível, mas calculo que irá demorar 20 anos para quitarmos todos nossos compromissos e a cooperativa voltar a ser o que era antes – afirma Ribas.

Com um patrimônio avaliado em R$ 25 milhões, mesmo que vendesse tudo, a tritícola ainda não quitaria nem metade de suas dívidas.

O associado, principal razão da existência de uma cooperativa figura nos dois lados do orçamento. Primeiro, como devedor, já que um terço dos cerca de 3,6 mil sócios ativos, segundo Ribas, deve cerca de R$ 23 milhões à cooperativa. Por outro lado, uma parcela dos sócios espera para receber o valor equivalente a 320 mil sacas de soja, que a cooperativa comercializou mas ainda não pagou aos produtores.

Para amenizar as contas, a tritícola vaiarrendar seus armazéns para uma cooperativa da região, cujo nome ainda não foi confirmado.

– Ela vai usar nossos silos para depositar o grão dos associados e pagar uma taxa para isso. Com esse dinheiro, vamos pagando os fornecedores. Mas nossa prioridade será o nosso associado, e esperamos que eles pensem da mesma forma – explica Ribas.

Um dos cinco supermercados da tritícola foi fechado e teve as mercadorias transferidas para os que restaram. O posto de combustível, a fábrica de ração e oposto de recebimento de mel continuarão funcionando.

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