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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

ONG Casulo de Santiago/RS


A ONG Casulo cumpre importante papel no encaminhamento dos adolescentes infratores em Santiago. De acordo com Ana Cláudia Horácio que preside a instituição o trabalho iniciou em 2005 e conta com apoio dos orientadores judiciais. O objetivo principal da ONG é fazer com que os adolescentes cumpram as medidas sócio-educativas impostas pelo judiciário ou ministério público. O adolescente infrator passa inicialmente pela DP, Ministério Público ou pelo Judiciário, para posteriormente ser encaminhado à ONG visando o cumprimento da medida que pode ser liberdade assistida, prestação de serviço à comunidade ou em meio fechado, neste caso, em Santo Ângelo na FASE (antiga FEBEM). Atualmente, 78 adolescentes são atendimentos pela instituição, sendo que 68 cumprem prestação de serviço à comunidade e 10 estão em liberdade assistida. Para a ONG o problema maior em Santiago é a falta de oportunidade para os adolescentes infratores. Hoje, em média, apenas oito entidades se propõem a receber esses adolescentes para cumprimento de serviço à comunidade, destacando o Hospital de Caridade, o INSS, a Prefeitura, o Jornal Expresso e a URI. Ana reitera que a maioria dos menores acaba se adaptando às regras da sociedade e não voltam a delinqüir sendo desviado do caminho do crime. O preconceito, é um aspecto predominante que dificulta o oferecimento de oportunidade ao menor infrator. "Se mais entidades receberem esses adolescentes, melhor será para a sociedade”, observa a presidente da ONG Casulo, destacando também o apoio da empresa Centro Oeste que oferece passagem gratuita aos menores. Na ONG, são oferecidas oficinas de reforço escolar, artesanato, bordado e bijuterias. Recentemente, através de recurso provindo da Justiça Federal foi criada uma oficina de reciclagem de papel, além de uma serigrafia. Ana Cláudia pede a ajuda da população, pois para o funcionamento dos projetos a ONG necessita apoio de voluntários para supervisionar o trabalho das oficinas, já que a instituição conta apenas com duas pessoas cedidas pela Prefeitura.

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Nota do Editor:
Todos os adolescentes têm direitos e deveres e quando cometem atos infracionais (visto que a lei penal brasileira só considera criminosos os maiores de 18 anos) devem cumprir as medidas impostas pela Justiça a fim de de quitar seus débitos e tornar-se cidadãos que respeitam as leis e seus semelhantes. É de fundamental importância instituições que apoiem estes processos.

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