
No projeto, a gurizada de 5 a 17 anos pode praticar futsal, futebol de campo, futebol sete e vôlei em qualquer região de Santiago, no turno inverso ao da escola. E tudo de graça. Fazem parte do cenário para a prática desportiva clubes, ginásios e escolas municipais e estaduais.
O objetivo não é formar craques, e sim cidadãos. Mas o projeto vem rendendo bons resultados em torneios. A equipe do Bola pro Futuro que disputa o Campeonato Estadual Sub-20, por exemplo, faz a melhor campanha entre os 18 participantes da competição até agora. Foram setevitórias e um empate. O último triunfo foi em casa, contra a AGE, por 7 a 2, no domingo. Antes, o Bola pro Futuro havia vencido o A.R.C. 25 de Julho, em Arroio do Tigre, por 4 a 3, e goleado o Horizontina por 4 a 1, no Ginásio Municipal Aureliano de Figueiredo Pinto. Neste domingo, às 18h, a equipe joga em Tupanciretã, contra o Tupan F.C., tentando manter o bom desempenho e a liderança na sua chave.
Os atletas vieram das escolinhas do projeto, que fechou uma parceria com a URI/Código B, de Santiago. Foi bom para os dois lados. Por exigência da Federação Gaúcha de Futsal, a universidade precisava de um time juvenil para poder disputar a Série Ouro, a principal divisão de futsal do Estado. A prefeitura, por sua vez, conseguiu montar uma comissão técnica profissional para o Bola pro Futuro. O técnico da equipe do projeto é Edson Pimentel, o Edinho, que era jogador da URI até 2007 e é monitor do projeto.
- É uma safra muito boa de atletas, que não recebem nada pela sua participação. Quatro jogadores do Sub-20 já fazem parte também do grupo adulto. Esperamos montar uma boa base para o futuro da equipe - diz o técnico da URI/Código B, Sandro Colvero, que funciona como um "elo" entre o time adulto e o juvenil, para que se faça o mesmo trabalho em ambas as equipes.
Completando a parceria, estão os atletas Emerson e Rafael. Eles colaboram na formação de novos atletas como monitores do projeto.
Cidadania - Assim como a dupla, os demais "professores" tiveram uma preparação que vai além do esporte, com palestras de gente ligada ao trabalho com crianças e adolescentes.
- O objetivo é educar para a vida, formar cidadãos. Estamos sempre perguntando sobre a freqüência escolar, procurando conversar com os pais - explica o coordenador do Bola pro Futuro, Cláudio Batista Manzoni, 39 anos, que se destacou no time da URI, inclusive, como goleador na Série Prata.
O projeto tinha outras modalidades como ginástica olímpica, bocha e orientação, mas sobraram só as atividades que realmente despertaram o interesse das crianças e dos adolescentes. Em dia de escolinha, os participantes fazem aquecimento orientado e aprendem os fundamentos das modalidades esportivas.
De tempos em tempos, é feita uma seleção para a disputa de competições na região e até fora do Estado. Mas a principal vitória está em Santiago: todos são já campeões por não estarem na rua fazendo coisa errada e por poderem praticar esportes.
Fonte: Jornal Diário de Santa Maria. Jorn. Luiz Roese
Nota do Editor: É uma ótima iniciativa para estmular os jovens para uma vida saudável e com perspectiva de futuro.
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